Estudantes goianos criam produto natural que acaba com as larvas do mosquito da dengue

  • 21/11/2025
(Foto: Reprodução)
Estudantes de Itumbiara criam produto natural que acaba com as larvas do mosquito da dengu Alunas do Centro de Ensino Dom Veloso, uma escola estadual de Itumbiara, no sul do estado, criaram um produto natural a partir do pé de saboneteira para ajudar a combater o mosquito da dengue. O gel foi desenvolvido com a ajuda de uma professora e é capaz de eliminar larvas do Aedes aegypti em 36 minutos. O projeto está competindo como finalista do prêmio Solve for Tomorrow. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Goiás no WhatsApp O gel foi criado a partir do fruto da árvore saboneteira, conhecida por seus frutos que tem propriedades naturais de limpeza. A árvore fica nos fundos da escola onde as alunas estudam, e os frutos foram usados como uma alternativa aos larvicidas químicos normalmente utilizados no combate ao mosquito. O produto é colocado em estações disseminadoras que atraem a fêmea do mosquito causador da dengue para que o extrato faça efeito e elas o disseminem a outros lugares. Em entrevista à TV Anhanguera, a professora de biologia da rede municipal de Itumbiara que orientou as estudantes, Ayanda Ferreira, disse acreditar que a responsabilidade de buscar alternativas no combate ao mosquito da dengue é de toda a população. LEIA TAMBÉM: Aluno e professora criam tecido com bagaço da cana-de-açúcar, em Goiás Conciliando dois empregos e escola, aluna da rede pública de Goiás ganha bolsa para universidade na Europa Estudante faz bolo de pote para pagar ônibus e ir à faculdade e se emociona com conquistas: 'Feliz e grata a Deus' Como a ideia surgiu A professora explicou que a ideia surgiu a partir desse princípio: buscar soluções para combater esses vírus. Assim, ela e as alunas começaram a testar a eficácia de alguns extratos vegetais, como o da fruta da saboneteira, no uso de Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL). “Sabemos que a dengue, a zika e a chikungunya são problemas de saúde pública há anos. E, sendo assim, cabe a nós, à população — e não só a cientistas — buscar soluções para o controle do Aedes aegypti, que é o vetor dos vírus causadores dessas doenças”, comenta. Todo o trabalho das alunas e da professora durou mais de um ano e meio, desde a escolha da planta até os testes em laboratório. "Foi um processo demorado, mas que pra nós, é gratificante", afirmou a estudante que integra o projeto, Maria Gabriela Pereira. Processo laboratorial As estudantes fazem todo o processo de extração do princípio ativo no laboratório. Para isso, retiram as sementes do fruto e as deixam de molho por cerca de uma semana. Em seguida, o líquido proveniente é coado e concentrado. Ayanda explica que, só depois desse processo, o líquido pode ser testado com as larvas do mosquito. Apenas após ter sua eficácia comprovada o extrato pode ser transformado em gel, feito com uma base de amido. Só então o produto pode ser aplicado aos tecidos das Estações Disseminadoras. Dessa forma, as fêmeas do Aedes aegypti são atraídas às estações, pousam no tecido impregnado com o gel e levam o extrato para outros criadouros, disseminando o produto para larvas e outros mosquitos, eliminando-os. Resultados Os resultados dos testes mais recentes da equipe da escola municipal apontam que o extrato da saboneteira matou 100% das larvas em até 36 minutos. Testes com larvas dos mosquitos utilizando o produto criado pelas estudantes Reprodução/TV Anhanguera A professora de biologia explica que, com esse método, torna-se mais fácil conter a disseminação do mosquito até mesmo em locais mais difíceis, com alta proliferação devido às condições dos ambientes. Indicação a prêmio nacional A ideia das estudantes vai levá-las até São Paulo, onde será realizado o prêmio nacional “Solve for Tomorrow”, que estimula alunos a criarem soluções reais para problemas como o da dengue. Foram mais de 3 mil projetos e 14 mil estudantes e professores inscritos em todo o país, que passaram por uma seleção até chegar aos 10 finalistas. As estudantes são as únicas goianas que chegaram à final do prêmio, que acontecerá no dia 2 de dezembro deste ano, na capital paulista. “Querendo ou não, [o projeto] ajuda pessoas de baixa renda, que não podem comprar inseticida, ou [produtos que] fazem mal para a saúde, dão alergia. E o nosso larvicida é natural, não causa danos à pele, ao ser humano, é totalmente natural”, explica uma das estudantes pesquisadoras. Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL) com o extrato do fruto da saboneteira Reprodução/TV Anhanguera 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/11/21/estudantes-goianos-criam-produto-natural-que-acaba-com-as-larvas-do-mosquito-da-dengue.ghtml


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